2023
Entre as línguas maternas, avoengas e oficiais
Ateliê aberto no âmbito dos projetos “Encruzilhadas Brasil, Moçambique e Suíça” e “TransOralidades”
Sexta-feira, 10 de novembro, online
10h30 Brasília / 14h30 Zurique / 15h30 Maputo
A participação é aberta e gratuita, com pré-inscrição AQUI.
Ou assista em youtube.com/sobinfluencia
Os países colonizados pela Europa guardam rastros complexos dos encontros étnicos e sócio-culturais. Brasil e Moçambique partilham um passado colonial português e também a herança do convívio de línguas em choque contínuo. Nos dois casos, estamos diante de um mundo de encruzilhadas de línguas, trocas imprevistas, negociações e mesmo engano. A encruzilhada é então um ponto geográfico incontornável das bifurcações, mas também metáfora dos cruzamentos vários que toda vida humana deve, de um modo ou de outro, abarcar.
No âmbito do projeto “Encruzilhadas Brasil, Moçambique e Suíça” do programa Looren América Latina, este encontro reunirá artistas e intelectuais para permitir uma degustação de seu trabalho ou pesquisa em andamento. Yara Costa apresentará seu trabalho de registro de cantos tradicionais em emakua-naharám na Ilha de Moçambique para podcasts e exposições; Teresa Manjate explicará seu trabalho com a pesquisa, interpretação e tradução de provérbios tsonga; André Capilé comentará aspectos da língua e da poética no candomblé de matriz Angola-Congo; e Adalberto Müller mostrará seus experimentos tradutórios a partir do guarani.
Assim, os participantes compartilharão suas experiências de língua, linguagem e cultura no convívio entre as línguas maternas, avoengas e oficiais, com seus desafios políticos, éticos e estéticos. A mediação e os comentários serão feitos por Guilherme Gontijo Flores (coordenador do projeto “Encruzilhadas”), Fabiana Gibim (editora da sobinfluencia), Eduardo Jorge de Oliveira (coordenador do projeto “transOralidades”) e Nazaré Torrão, diretora da Cátedra Lídia Jorge da Universidade de Genebra.
Mais informações.
Organização de Looren América Latina e sobinfluencia edições. Com o apoio da Fundação suíça para a cultura Pro Helvetia no âmbito de seu programa To-gather e os auspícios da Universidade Federal de Paraná, do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane e da Cátedra Lídia Jorge da Universidade de Genebra.